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16 de mai 2025

Fonte
Saúde

Migração de humanos da Ásia para a América ocorreu há 14,5 mil anos

Nova pesquisa genética revela três divisões populacionais dos primeiros humanos na América, destacando a redução da diversidade genética e suas consequências para a saúde dos indígenas contemporâneos.

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Uma nova análise genética revela que os primeiros humanos que migraram da Ásia para a América, através do Estreito de Bering, formaram três divisões populacionais. A pesquisa, publicada na revista Science, analisou 1.537 genomas de 139 etnias diferentes, destacando a redução da diversidade genética e suas consequências para a saúde dos povos indígenas atuais.

Os pesquisadores identificaram que a primeira divisão populacional ocorreu entre 26.800 e 19.300 anos atrás, durante o Último Máximo Glacial. Nesse período, os indígenas americanos se separaram dos povos da Eurásia do Norte, o que é consistente com evidências arqueológicas de presença humana em White Sands, no Novo México, datadas de 23 a 21 mil anos. A segunda divisão aconteceu entre 17.500 e 14.600 anos atrás, quando as tribos indígenas da América do Norte se separaram das que habitavam as regiões Centro e Sul.

Divisões Populacionais

Cerca de 13.900 anos atrás, ocorreu uma nova divisão, resultando em quatro linhagens genéticas nativas. Essas linhagens incluem os ameríndios do Chaco, além dos grupos amazônicos, andinos e patagônicos. Hie Lim Kim, coautor do estudo, destacou que as estimativas se alinham com registros arqueológicos da Patagônia, indicando que a acumulação de diferenças genéticas entre as populações levou tempo.

A pesquisa também aponta que a diversidade genética dos indígenas sul-americanos diminuiu ao longo do tempo, inicialmente devido a barreiras geográficas e, posteriormente, pela dizimação causada pela colonização europeia. Os autores do estudo ressaltam que a perda de variação nos genes do antígeno leucocitário humano (HLA) é uma preocupação, pois essa diversidade é crucial para a saúde do sistema imunológico.

Implicações para a Saúde

Os pesquisadores enfatizam a importância de considerar as necessidades médicas dos povos indígenas contemporâneos. Muitas vezes, os medicamentos são desenvolvidos com base em populações europeias, ignorando as especificidades genéticas dos indígenas. Kim alerta que é fundamental criar estratégias de saúde personalizadas que levem em conta os perfis genéticos únicos dessas populações, especialmente em relação a novos patógenos.

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