Partido de Tigray afirma que proibição ameaça acordo de paz na Etiópia

A Tigray People's Liberation Front (TPLF) enfrenta uma crise política após a revogação de seu status legal pela Comissão Nacional de Eleições da Etiópia. A decisão, anunciada na quarta-feira, foi motivada pela falta de uma assembleia geral, o que impede o partido de participar da política. A TPLF, que dominou a Etiópia até 2018, alertou que essa medida representa uma grave ameaça ao acordo de paz firmado em novembro de 2022, que encerrou um conflito de dois anos na região de Tigray. Atualmente, a TPLF lidera a administração interina de Tigray, estabelecida em 2023, e solicitou mediação da União Africana. Em uma carta, o partido destacou que a proibição de suas atividades políticas compromete os direitos conquistados pelo acordo de Pretoria e pode afetar a paz na região. O vice-presidente da TPLF, Ammanuel Assefa, enfatizou que a decisão da comissão eleitoral pode "danificar o acordo de Pretoria", alertando que a situação impacta não apenas o partido, mas também a estabilidade regional. A revogação do status da TPLF ocorre em um contexto de crescente tensão política em Tigray, especialmente com as eleições nacionais programadas para junho de 2024. A falta de eleições internas na TPLF, devido a divisões internas, contribuiu para a atual crise. A comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia, expressou preocupação com a escalada das tensões e a possibilidade de um retorno à violência na região. **Linha fina:** TPLF enfrenta revogação de status legal, gerando tensões políticas e ameaçando acordo de paz na Etiópia.