Gripe aviária: entenda os sintomas, transmissão e opções de tratamento disponíveis

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, nesta sexta-feira, o primeiro caso de gripe aviária em granjas comerciais no Brasil. O foco foi identificado em uma granja localizada em Montenegro, no Rio Grande do Sul. Desde maio de 2023, o vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) estava restrito a aves silvestres, sem registros de transmissão para humanos.

As autoridades adotaram medidas de contenção, incluindo o abatimento de 35 galinhas infectadas, para evitar a propagação do vírus. O ministério assegura que a segurança alimentar não está comprometida e que a transmissão da doença não ocorre pelo consumo de carne ou ovos de aves inspecionadas.

Os sintomas observados nas aves incluem letargia, diminuição do apetite, espirros e dificuldade respiratória. O infectologista da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Paulo Ernesto Gewehr Filho, alerta que a doença pode ser assintomática em algumas aves, resultando em mortes súbitas.

Medidas de Contenção

Para identificar a gripe aviária, amostras biológicas das aves são coletadas e analisadas. Após a confirmação do vírus, são implementadas ações de contenção e erradicação, conforme o plano nacional de contingência. O ministério está em contato com as cadeias produtivas e órgãos de saúde para monitorar a situação.

Embora não haja registros de transmissão entre humanos, o contato direto com aves infectadas pode representar um risco, especialmente para trabalhadores de granjas. Os sintomas em humanos podem incluir febre, tosse e dificuldade respiratória, com tratamento disponível através do antiviral oseltamivir, conhecido como Tamiflu.

A situação continua a ser monitorada, e as autoridades reforçam a importância de medidas preventivas para proteger tanto a saúde pública quanto a capacidade produtiva do setor avícola.