16 de mai 2025
Polícia intervém em ato pró-Palestina em Berlim e deixa dezenas de feridos
Conflitos em Berlim marcam o Dia da Nakba, com feridos e mais de 50 prisões. A violência levanta preocupações sobre manifestações pró palestinas.
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Manifestantes e policiais ficaram feridos durante confrontos em uma manifestação pró-palestinos em Berlim, nesta quinta-feira (15/05), que marcou o Dia da Nakba. O evento lembrou o êxodo forçado de palestinos após a criação do Estado de Israel em 1948. Aproximadamente 1.100 pessoas participaram do protesto no bairro de Kreuzberg, em memória à Nakba e em oposição às operações militares israelenses na Faixa de Gaza. Ao final, mais de 50 prisões foram registradas.
A Nakba, que significa "catástrofe" em árabe, refere-se ao deslocamento de cerca de 700 mil palestinos durante a Guerra Árabe-Israelense de 1948. Os manifestantes planejavam marchar da praça Südstern até Neukölln, mas um tribunal local determinou que o protesto deveria permanecer na praça. Um orador afirmou que "a Nakba é uma campanha contínua de limpeza étnica que nunca parou".
Durante a manifestação, alguns participantes gritaram frases consideradas ilegais, como "do rio ao mar, a Palestina será livre", o que motivou a polícia a agir. A frase é vista como uma apologia ao crime na Alemanha, pois pode ser interpretada como um chamado para a eliminação do Estado de Israel. A polícia também relatou "atos significativos de violência", incluindo o lançamento de objetos contra os agentes.
Um policial de 36 anos foi gravemente ferido e permanece hospitalizado. Ao todo, 11 policiais e um número não especificado de manifestantes ficaram feridos. O prefeito de Berlim, Kai Wegner, condenou a violência, afirmando que "ataques contra policiais são ataques à lei e à ordem". A secretária do Interior, Iris Spranger, prometeu medidas rigorosas contra os detidos, destacando que a violência não se relaciona com protestos políticos.
A Sociedade Israel-Alemanha (DIG) expressou preocupação com a "forte radicalização" e o aumento da violência, pedindo uma reavaliação das autorizações para manifestações desse tipo. A entidade argumentou que muitos desses eventos não refletem preocupações legítimas dos palestinos, mas sim um ódio declarado a Israel.
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