Ciro Gomes sinaliza retorno à política e pode disputar eleições em 2026

Ciro Gomes, do PDT, enfrenta um cenário político conturbado após sua fraca performance nas eleições presidenciais de 2022, onde obteve apenas 3% dos votos válidos. Desde então, sua relação com o PT e seu irmão, Cid Gomes, deteriorou-se. Apesar disso, Cid manifestou apoio à candidatura de Ciro à presidência em 2026, enquanto Ciro critica a gestão petista e se aproxima de setores do bolsonarismo.

Recentemente, Ciro participou de um café da manhã com deputados da oposição ao governo do petista Elmano de Freitas, onde defendeu o nome de Roberto Cláudio para a sucessão estadual. Ele admitiu que poderia entrar na disputa em uma "situação extrema". Ciro tem se aproximado de lideranças da direita cearense, apoiando candidatos bolsonaristas, o que contrasta com sua postura anterior.

Relação Familiar Tensa

A relação entre os irmãos Gomes é marcada por desavenças. Cid, que se aproximou do governo Lula, declarou apoio a Ciro, ressaltando que ele "reúne todas as condições" para uma nova candidatura. No entanto, Ciro não retribuiu os gestos de reaproximação e criticou Cid, chamando-o de "conivente" com a situação no Ceará.

A cisão entre os irmãos se acentuou desde a campanha presidencial de 2018, quando Ciro culpou o PT pela vitória de Jair Bolsonaro. Em 2022, a ruptura se consolidou com a saída de Cid e seus aliados do PDT, em direção a partidos mais alinhados ao governo federal. Essa divisão resultou em um distanciamento significativo entre os grupos políticos que ambos lideram no Ceará.