Mudanças climáticas aceleradas transformam as regiões polares e afetam o mundo

As regiões polares, especialmente o Ártico e a Antártica, estão passando por mudanças climáticas rápidas e alarmantes. O Ártico aquece três vezes mais que a média global, enquanto o gelo marinho diminui, impactando o ecossistema global. O aumento das temperaturas nos oceanos Ártico e Austral resulta em águas mais quentes, menos salinas e mais ácidas, afetando a biodiversidade.

Recentemente, novas rotas de transporte estão sendo abertas no Ártico, facilitando o comércio entre a Europa e o Oriente. Estima-se que cerca de 60% das reservas de petróleo e gás da Rússia ainda não foram exploradas na região. A presença de países não polares, como China e Índia, também aumenta, refletindo mudanças geopolíticas significativas.

Impactos Ambientais e Geopolíticos

O derretimento do permafrost, que contém mais carbono que todas as florestas do mundo, está liberando metano e intensificando o efeito estufa. O manto de gelo da Groenlândia contribui para o aumento do nível do mar, que pode chegar a 25 cm nas próximas duas décadas. Além disso, a Antártica, até então preservada por um tratado internacional, enfrenta desafios com a pesca predatória e a diminuição da colaboração internacional, especialmente após a guerra na Ucrânia.

As mudanças climáticas também afetam o clima no Brasil. A frequência de frentes frias e calor extremo no hemisfério norte está relacionada à redução do gelo no oceano Austral. Esse fenômeno pode explicar desastres naturais, como as enchentes no Rio Grande do Sul em maio de 2024.

A Importância das Regiões Polares

As regiões polares são cruciais para o sistema climático global. O Brasil, devido à sua proximidade com a Antártica, deve participar ativamente dos fóruns que discutem o futuro dessas áreas. O Programa Antártico Brasileiro (Proantar) garante a presença do país na Antártica, enquanto a ação no Ártico se torna urgente. A preservação dessas regiões é essencial para um futuro ambientalmente sustentável.