Portabilidade de crédito consignado CLT é liberada; saiba como funciona

A partir de 16 de junho, a portabilidade de dívidas no novo modelo de crédito consignado CLT estará disponível, permitindo que trabalhadores transfiram empréstimos com juros altos para instituições que ofereçam condições mais favoráveis. A medida, que foi adiada para ajustes no sistema, visa facilitar a troca de dívidas entre bancos.

Os trabalhadores que possuem dívidas no antigo consignado privado ou no CDC (Crédito Direto ao Consumidor) poderão migrar seus empréstimos para o novo consignado CLT, que utiliza parte do FGTS como garantia. Isso reduz o risco de inadimplência para os bancos, já que, em caso de demissão, a dívida é coberta pelo fundo. A portabilidade, que antes permitia apenas a troca de dívidas dentro do mesmo banco, agora se expande para outras instituições.

Até o momento, o Crédito do Trabalhador já emprestou R$ 11,3 bilhões a mais de 2 milhões de trabalhadores, com uma média de R$ 5.383,22 por contrato. Os estados que mais contrataram recursos são São Paulo (R$ 2,9 bilhões), Minas Gerais (R$ 948 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 927,7 milhões). O Banco do Brasil lidera as operações, com R$ 3,1 bilhões emprestados.

Vantagens do Novo Modelo

O novo consignado CLT elimina a necessidade de convênios entre bancos e empresas, permitindo que mais instituições ofereçam crédito aos trabalhadores. Essa concorrência pode resultar em juros mais baixos, que atualmente variam de 4,99% a 7%. O trabalhador pode comprometer até 35% de sua renda mensal com o consignado, facilitando o acesso ao crédito.

A partir de 6 de junho, todas as operações de portabilidade poderão ser realizadas pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informa que a troca de dívidas deve ser feita diretamente na instituição de destino, ampliando as opções para os trabalhadores que buscam melhores condições de pagamento.