16 de mai 2025
Guerra tarifária não impacta comércio exterior do Brasil no primeiro mês, aponta Icomex
Superávit comercial do Brasil em abril é ofuscado por déficit com a China; atraso na safra de soja impacta resultados.
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A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 8,2 bilhões em abril de 2024, um resultado semelhante ao mesmo mês do ano anterior. No entanto, o acumulado de janeiro a abril deste ano caiu para US$ 17,7 bilhões, comparado a US$ 26,9 bilhões no mesmo período de 2023. Essa queda é atribuída principalmente ao déficit nas transações com a China, que alcançou US$ 3,6 bilhões este ano, enquanto no ano passado houve um superávit de US$ 5 bilhões.
A economista Lia Valls, coordenadora do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) da FGV do Ibre, explica que o déficit com a China se deve ao atraso na safra de soja, o principal produto exportado para o país asiático. Apesar das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, não houve mudanças significativas na pauta de exportação do Brasil em abril. A importação de produtos de couro da China aumentou, mas sem alterações drásticas na participação de mercado.
Impactos da Guerra Comercial
As frequentes mudanças nas tarifas americanas dificultam previsões sobre o futuro do comércio. Valls observa que, se o acordo entre Estados Unidos e China for mantido, com tarifas de 30% sobre produtos chineses e 10% sobre os americanos, o Brasil pode perder oportunidades de expandir suas exportações de calçados e têxteis para os EUA. Por outro lado, a situação pode reduzir o risco de uma inundação de produtos chineses no mercado brasileiro.
A economista ressalta que, embora os produtos chineses sejam altamente competitivos, a incerteza atual torna difícil prever os próximos passos. A guerra comercial, até o momento, não teve um impacto decisivo na balança comercial brasileira, mas a situação deve ser monitorada de perto nos próximos meses.
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