16 de mai 2025
Wall Street prevê impacto de bilhões em renda com retomada de cobranças de empréstimos estudantis
Cobrança de empréstimos estudantis nos EUA pode reduzir renda disponível em até US$ 8,5 bilhões mensais, afetando principalmente os mais pobres.
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O Departamento de Educação dos Estados Unidos reativou a cobrança de empréstimos estudantis em atraso, impactando milhões de devedores. Essa medida, iniciada em maio de 2025, pode reduzir a renda disponível dos consumidores em até US$ 8,5 bilhões mensais, afetando especialmente os de baixa renda.
Após um período de suspensão das cobranças, os devedores que não pagaram suas dívidas poderão enfrentar consequências severas, como a retenção de salários. O economista sênior do JPMorgan, Murat Tasci, estima que essa mudança pode cortar entre US$ 3,1 bilhões e US$ 8,5 bilhões da renda pessoal disponível a cada mês. Essa situação pode resultar em uma queda de 0,7% a 1,8% na renda anual.
A pressão financeira se intensifica em um cenário já complicado por tarifas elevadas e inflação persistente. Dados da Universidade de Michigan mostram que a confiança do consumidor atingiu níveis alarmantes, refletindo a preocupação com a situação econômica. Jeffrey Roach, economista-chefe da LPL Financial, destacou que múltiplos fatores estão pressionando os consumidores, o que pode impactar os gastos.
Impacto nos Consumidores
O Bank of America alertou que a retomada das cobranças de empréstimos estudantis terá efeitos colaterais nas finanças dos consumidores, especialmente entre aqueles com menor estabilidade financeira. Embora os empréstimos estudantis representem apenas 9% da dívida total dos consumidores, essa porcentagem sobe para 30% quando se excluem os financiamentos imobiliários.
A dívida total de empréstimos estudantis alcançou US$ 1,6 trilhões no final de março de 2025, um aumento significativo na última década. A Federação de Nova York estima que quase um em cada quatro devedores está atrasado nos pagamentos. A situação se agravou quando o governo começou a classificar os empréstimos como inadimplentes, aumentando a taxa de inadimplência de 0,5% para 8% em um trimestre.
Embora a inadimplência não signifique automaticamente a falência, ela pode levar a consequências severas, como a retenção de salários. O JPMorgan projetou que, se os devedores inadimplentes também falharem em pagar, quase 25% de todos os empréstimos estudantis estarão nessa situação.
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