Uruguai suspende importação de frango do Brasil em nova medida comercial

Após a confirmação do primeiro caso de gripe aviária em um plantel comercial no Brasil, as exportações de carne de aves foram suspensas para China, União Europeia, Argentina e Uruguai. O secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, informou que as notificações foram feitas com transparência e que o governo espera uma flexibilização gradual dos embargos à medida que as ações de contenção avançam.

Rua destacou que todos os importadores foram informados sobre a detecção da doença através de embaixadas e adidâncias. Ele mencionou que a equipe técnica da Pasta se baseia em experiências anteriores, como no caso da doença de Newcastle, registrada em julho do ano passado. O secretário acredita que, conforme o Brasil apresente dados sobre a contenção do foco, os países tendem a reavaliar as restrições.

Expectativas de Flexibilização

Nesta sexta-feira (16/5), o Brasil enviou informações ao governo chinês, seguindo o protocolo de auto suspensão das exportações. Rua lembrou que, em um episódio anterior, os chineses reduziram o bloqueio em cerca de três semanas, restringindo apenas o Rio Grande do Sul. A União Europeia, por sua vez, pediu ao Brasil que não emita mais certificados sanitários internacionais, uma vez que o país perdeu o status de área livre de gripe aviária.

Além disso, o Ministério da Agricultura recebeu notificações de bloqueio das exportações de todo o país por parte da Argentina e do Uruguai. Rua acredita que, com o tempo e as ações adequadas, esses países também poderão flexibilizar suas restrições. Existe a possibilidade de que o México também imponha restrições, mas ainda não houve confirmação.

Racionalidade nas Ações

O governo brasileiro argumenta que a extensão territorial do país não justifica um embargo geral, especialmente quando a doença já está presente em várias nações importadoras. Rua enfatizou que a transparência e a agilidade nas notificações demonstram a capacidade do Brasil em lidar com a situação. Ele acredita que a avaliação racional dos países levará a uma reabertura gradual dos mercados, destacando que não há um embargo generalizado aos produtos avícolas do Rio Grande do Sul.

O secretário finalizou afirmando que, embora o país enfrente um momento complicado, a expectativa é de que a situação se normalize rapidamente para a maioria dos parceiros comerciais.